sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O homem nú!

Você já viu alguém andando naturalmente pelado pela avenida?
9 horas da manhã, 4 de outubro, 2011, eu ví! Eu, e algumas pessoas boquiabertas e estarrecidas.
Parque Dom Pedro, São Paulo, o cara caminhava naturalmente impávido, colosso e nu, pela calçada.
Eu vinha de carro, e a cena bizarra mais pareceu uma miragem surrealista num primeiro momento. Só essa coisa completamente fora do contexto da lógica poderia fazer um ser urbano reparar noutro ser humano.
É o tipo de visão que o cérebro demora segundos pra decodificar. Ninguém daquele povo todo ali, tinha visto isso na vida!
Como eu passei de carro, não vi o fim da história, que não deve ter durado muitos quarteirões a mais à frente, pois certamente, o cara seria preso pela primeira viatura que passasse.
A vantagem (ou desvantagem!) para os policiais, é que ele não precisaria ser revistado!
Estamos tão amortecidos numa cidade grande, que, se fosse uma mulher de corpo bom, já imaginaríamos que seria um golpe de marketing de alguma fábrica de lingerie ou revista de mulher pelada, mas não, o cara parecia bom, nem cara de louco ele tinha, nem de morador de rua. Pensei: "é um ator sendo filmado ao longe."
Tudo era possível.
Nada e ninguém é confiável numa cidade grande: muito menos um cara andando na rua completamente pelado! É uma pena.
Quando refletimos que nossos antepassados andavam naturalmente nus, sentimos  o mesmo estranhamento de quando encontramos alguém absolutamente ético, íntegro, com índole, caráter, que é capaz de não pegar ou devolver o que não lhe pertence: esse cara está nu numa multidão de engravatados!

Leia cada vez mais!

Leia tudo que lhe cai nas mãos. Leia tudo que enxergar. Leia no carro, em casa, no trem de metrô.
Leia no claro, oi, tim-tim por tim-tim.  Leia no escuro. Vide bula. Leia Torá. Leia o verso. Leia na frente. Leia com fé. Leia contrato. Leia deitado. Leia de pé. Discurso, carta, anúncio funerário, cartaz, mangá. Revista de mulher pelada, manual de magia, placa, receita pra tirar xulé. Leia na tela. Leia novela, romance, relatório, cordel com vela. Só a leitura compulsiva e dinâmica nas condições mais adversas, tem o imenso poder de tornar o homem com Imaginação Hipertrofiada,  Hipermetrópico, Míope, Astigmatismático!!! (e, a mulher também!)